
O terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar no dia 28 de março já deixou mais de 2.700 mortos e 4.500 feridos. As autoridades alertam que o número de vítimas pode ultrapassar 3.000 nos próximos dias.
Segundo o chefe da junta militar, Min Aung Hlaing, há ainda cerca de 450 pessoas desaparecidas. As equipes de resgate seguem trabalhando nos escombros de centenas de prédios colapsados.
“É provável que os desaparecidos estejam mortos, pois já se passaram mais de 72 horas”, afirmou Min Aung Hlaing. Ele destacou que a tragédia se agravou pela má qualidade das construções na região.
O epicentro do tremor foi próximo a Sagaing, perto da cidade de Mandalay, uma das mais afetadas. A destruição generalizada comprometeu infraestrutura essencial, dificultando os resgates.
Além dos danos em Mianmar, a tragédia atingiu outros países. Em Bangkok, na Tailândia, um prédio em construção desabou, deixando 17 mortos e vários feridos.
A China também registrou danos em diversas regiões, embora até o momento não haja relatos de vítimas fatais no país. As autoridades chinesas monitoram a situação de perto.
Especialistas apontam que a devastação foi intensificada pela falta de regulamentação adequada na construção civil. Muitas edificações não seguiam padrões sísmicos mínimos.
“As populações em áreas de risco sísmico devem estar mais preparadas para eventos como esse”, alertaram engenheiros. O governo promete reavaliar normas de construção no país.
Organizações humanitárias internacionais já começaram a enviar suprimentos e equipes de resgate para Mianmar. A ajuda emergencial inclui alimentos, remédios e água potável.
Países como Índia e China se comprometeram a fornecer apoio logístico e financeiro para mitigar os efeitos do desastre. A ONU também avalia ações de assistência humanitária.
Enquanto isso, as buscas por sobreviventes continuam, mas as condições são desafiadoras. Falta energia elétrica em várias áreas, e o fornecimento de água está comprometido.
A população de Mianmar enfrenta um dos momentos mais difíceis de sua história recente. A reconstrução será longa, e a solidariedade internacional será essencial para a recuperação.