Com o avanço da economia colaborativa, o setor náutico passa por uma transformação. Novas plataformas permitem que mais brasileiros vivenciem o lazer no mar, sem precisar comprar uma embarcação.
O sonho de navegar pelos mares, rios e represas já não está mais restrito a quem pode adquirir um barco. Inspiradas nos modelos de economia compartilhada que revolucionaram o transporte e a hospedagem, empresas brasileiras e internacionais têm investido em aplicativos e plataformas que conectam proprietários de embarcações a usuários interessados em alugá-las por hora, dia ou fim de semana.
De lanchas luxuosas a pequenas traineiras para passeios familiares, o mercado cresce com rapidez, especialmente em regiões litorâneas como Rio de Janeiro, Santos, Ubatuba, Salvador e Florianópolis.
Segundo dados do setor, o número de embarcações alugadas por meio digital aumentou mais de 30% entre 2023 e 2024, impulsionado por turistas, eventos sociais e até por pequenos empreendedores que utilizam os barcos como ferramenta de trabalho.
Além da praticidade, o modelo de compartilhamento tem incentivado a democratização do acesso ao mundo náutico. Com valores mais acessíveis e sem os altos custos de manutenção, o aluguel via aplicativo torna-se uma opção atraente tanto para quem deseja apenas curtir um dia no mar quanto para quem pensa em investir no segmento de forma mais segura e gradual.
Empresas como Boatfy e Click&Boat, entre outras, já operam no Brasil com catálogos variados e funcionalidades que incluem roteiros personalizados, contratação de marinheiros e seguros. O movimento reflete uma mudança de comportamento: hoje, mais importante do que possuir é poder viver a experiência.
E, no caso da náutica, essa experiência é sinônimo de liberdade, contato com a natureza e momentos inesquecíveis.
