São Paulo: residência médica avança em hospitais municipais

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O Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) é destaque com mais de 40 anos de programa de residência - Foto: Edson Hatakeyama
Além de formar especialistas, os programas reforçam a produção científica e o desenvolvimento tecnológico na rede de saúde

Os hospitais municipais de São Paulo não apenas atendem milhares de paulistanos diariamente, mas também se destacam como polos de ensino com 33 programas de residência médica e multiprofissional.

Sob a coordenação da Escola Municipal de Saúde (EMS), vinculada à Secretaria Municipal da Saúde, esses programas atraíram mais de 5 mil candidatos em 2024, disputando 319 vagas em oito instituições da capital.

A residência médica é uma pós-graduação prática, regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Com carga horária de 2.880 horas anuais, inclui plantões, emergências e acompanhamento de pacientes sob supervisão especializada. Essas atividades ocorrem em hospitais como os de Jabaquara, Tatuapé e Vila Nova Cachoeirinha, que são referência em diversas especialidades.

Nos programas, os residentes têm acesso a áreas de especialização como anestesiologia, cirurgia geral, pediatria e endocrinologia. "A formação nesses hospitais permite aos profissionais enfrentarem os desafios da saúde pública com excelência", afirma Athenê Mauro, coordenadora da Coreme da EMS, destacando o treinamento intensivo e o impacto positivo no atendimento à população.

As residências multiprofissionais, por sua vez, abrangem áreas como odontologia, psicologia e fisioterapia. A prática colaborativa desses profissionais promove um cuidado mais integrado e humanizado. No Hospital Municipal de Vila Nova Cachoeirinha, por exemplo, há avanços significativos em saúde da mulher e do recém-nascido, consolidando a instituição como o primeiro hospital de ensino da rede municipal.

O Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) é destaque com mais de 40 anos de programa de residência. A instituição, que oferece 20 especialidades, exige projetos de pesquisa dos residentes, promovendo inovação e melhorias nos serviços. O hospital também contribui para o Sistema Único de Saúde (SUS), como o protocolo de priorização de cirurgias bariátricas, adotado nacionalmente.

Profissionais em formação, como Rafaella Fiquene, elogiam a infraestrutura e o suporte oferecido. No terceiro ano de residência em cirurgia geral no HSPM, Rafaella destaca o aprendizado e a possibilidade de continuidade profissional no hospital. "O clima de respeito e a qualidade do ensino superaram minhas expectativas", diz a médica.

Além de formar especialistas, os programas reforçam a produção científica e o desenvolvimento tecnológico na rede de saúde. Esses esforços não apenas beneficiam os residentes, mas também aprimoram o atendimento à população, consolidando São Paulo como referência em ensino e assistência médica no Brasil.

Com informações da Prefeitura Municipal de São Paulo.

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