
A presença feminina na Administração Pública Federal está em expansão. Segundo dados do Observatório de Pessoal do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), até janeiro de 2025, 45,6% dos servidores federais ativos são mulheres, totalizando 261,4 mil das 572,8 mil pessoas em atividade. Esse número representa um aumento de 3,21% em relação a 2022, quando a participação feminina era de 44,8%.
Além disso, a presença feminina nos cargos de direção e assessoramento também cresceu. Em 2022, 40% dos cargos comissionados eram ocupados por mulheres; já em 2025, esse percentual subiu para 42%, o que representa um aumento de 7,44%. Nos cargos de direção de níveis mais altos (13 a 17), que incluem coordenadoras-gerais, diretoras e secretárias, a participação feminina subiu de 34,9% para 39,2%, um crescimento de 26%.
Esforço para ampliar a representatividade
A atual gestão tem demonstrado compromisso em aumentar a presença feminina na administração pública. Entre os 1.270 novos cargos de direção e assessoramento criados pelo governo, 76% foram ocupados por mulheres.
Durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas – Governo Federal Fortalecendo os Municípios, realizado em fevereiro, a ministra Cida Gonçalves (Mulheres) lançou o Guia para Criação e Implementação de Secretarias de Políticas para as Mulheres (SPMs). Desde 2023, 17 estados já receberam cerca de R$ 4 milhões para estruturar essas secretarias, com a compra de veículos, equipamentos de informática e realização de capacitações.
Investimentos e políticas para mulheres
O Plano Plurianual 2024-2027 prevê R$ 423 milhões exclusivamente para políticas voltadas às mulheres e R$ 13,7 bilhões para programas que beneficiam diretamente esse público, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
Outras iniciativas incluem:
- Transparência Salarial: em março será lançado o terceiro relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, como prevê a Lei de Igualdade Salarial, sancionada em 2023. Empresas com mais de 100 funcionários devem garantir igualdade de remuneração e combater a discriminação salarial.
- Cotas para mulheres vítimas de violência: 8% das vagas em contratos de terceirização devem ser destinadas a mulheres em situação de violência doméstica. Atualmente, 13 estados já assinaram acordos para essa implementação.
- Programa de Prevenção ao Assédio e à Discriminação: criado em 2024, busca combater assédio moral, sexual e outras formas de discriminação dentro da Administração Pública Federal.
As medidas demonstram o esforço contínuo para fortalecer a participação e os direitos das mulheres no setor público e na sociedade.