Os hospitais municipais de São Paulo não apenas atendem milhares de paulistanos diariamente, mas também se destacam como polos de ensino com 33 programas de residência médica e multiprofissional.
Sob a coordenação da Escola Municipal de Saúde (EMS), vinculada à Secretaria Municipal da Saúde, esses programas atraíram mais de 5 mil candidatos em 2024, disputando 319 vagas em oito instituições da capital.
A residência médica é uma pós-graduação prática, regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Com carga horária de 2.880 horas anuais, inclui plantões, emergências e acompanhamento de pacientes sob supervisão especializada. Essas atividades ocorrem em hospitais como os de Jabaquara, Tatuapé e Vila Nova Cachoeirinha, que são referência em diversas especialidades.
Nos programas, os residentes têm acesso a áreas de especialização como anestesiologia, cirurgia geral, pediatria e endocrinologia. "A formação nesses hospitais permite aos profissionais enfrentarem os desafios da saúde pública com excelência", afirma Athenê Mauro, coordenadora da Coreme da EMS, destacando o treinamento intensivo e o impacto positivo no atendimento à população.
As residências multiprofissionais, por sua vez, abrangem áreas como odontologia, psicologia e fisioterapia. A prática colaborativa desses profissionais promove um cuidado mais integrado e humanizado. No Hospital Municipal de Vila Nova Cachoeirinha, por exemplo, há avanços significativos em saúde da mulher e do recém-nascido, consolidando a instituição como o primeiro hospital de ensino da rede municipal.
O Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) é destaque com mais de 40 anos de programa de residência. A instituição, que oferece 20 especialidades, exige projetos de pesquisa dos residentes, promovendo inovação e melhorias nos serviços. O hospital também contribui para o Sistema Único de Saúde (SUS), como o protocolo de priorização de cirurgias bariátricas, adotado nacionalmente.
Profissionais em formação, como Rafaella Fiquene, elogiam a infraestrutura e o suporte oferecido. No terceiro ano de residência em cirurgia geral no HSPM, Rafaella destaca o aprendizado e a possibilidade de continuidade profissional no hospital. "O clima de respeito e a qualidade do ensino superaram minhas expectativas", diz a médica.
Além de formar especialistas, os programas reforçam a produção científica e o desenvolvimento tecnológico na rede de saúde. Esses esforços não apenas beneficiam os residentes, mas também aprimoram o atendimento à população, consolidando São Paulo como referência em ensino e assistência médica no Brasil.
Com informações da Prefeitura Municipal de São Paulo.
São Paulo: residência médica avança em hospitais municipais
Além de formar especialistas, os programas reforçam a produção científica e o desenvolvimento tecnológico na rede de saúde