O Cineteatro Wilma Bentivegna, em Suzano, foi o palco de um evento especial na sexta-feira (14) para celebrar os 25 anos da criação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM). A cerimônia homenageou as conselheiras que contribuíram para a luta pelos direitos das mulheres na cidade, com a presença da primeira-dama Déborah Raffoul. O evento destacou as vitórias conquistadas ao longo das duas décadas e meia de atuação do conselho.
O evento reconstituiu a trajetória que transformou Suzano em um modelo de enfrentamento à violência contra as mulheres. Publicações e relatos históricos detalharam o movimento que culminou na criação do CMDM, com ênfase nos anos finais da década de 1990. A atual presidente, Patrícia Braga, e a primeira presidente do conselho, Sandra Lopes Nogueira, compartilharam suas experiências e discutiram as parcerias que fortaleceram a causa.
Patrícia Braga ressaltou a importância da colaboração entre os poderes Executivo e Legislativo para garantir os direitos das mulheres em Suzano. A atuação da Secretaria Municipal de Governo, sob a liderança de Alex Santos, foi destacada como fundamental no desenvolvimento das políticas públicas que asseguram o avanço da luta pelos direitos femininos. O presidente da Câmara Municipal, Artur Takayama, também participou da cerimônia, demonstrando seu apoio ao movimento.
Principais Conquistas do CMDM: Delegacia, Patrulha e Clínica da Mulher
Entre as principais conquistas do CMDM, estão a criação da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), a implementação da Patrulha Maria da Penha pela Guarda Civil Municipal e a inauguração da Clínica da Mulher Claudete Oliveira dos Santos e do Departamento da Mulher. Essas iniciativas foram viabilizadas com o apoio da gestão de Rodrigo Ashiuchi, em 2024.
O evento também destacou a parceria do CMDM com outros oito municípios da região para formar um colegiado. O objetivo é criar um espaço para troca de experiências, discutir legislações e promover políticas públicas que fortaleçam a luta pelos direitos das mulheres em toda a região. Essa colaboração foi um marco no fortalecimento das políticas de gênero.
Patrícia Braga reforçou que o CMDM atualmente conta com 18 titulares e 18 suplentes, todos mobilizados para combater a violência doméstica e defender os direitos das mulheres. Ela destacou que a gestão do conselho é inclusiva e participativa, com a missão de deixar um legado significativo na luta pela igualdade de gênero e pelos direitos das suzanenses.
Sandra Lopes Nogueira, primeira presidente do CMDM, recordou os desafios do início do movimento, quando 31 mulheres da OAB de Suzano iniciaram a luta pelos direitos das mulheres na década de 1990. Ela destacou a criação do plantão de atendimento à violência doméstica, que permitiu um maior entendimento da realidade das mulheres em situação de violência e impulsionou a criação de políticas públicas de apoio.
O presidente da Câmara Municipal, Artur Takayama, parabenizou as iniciativas implementadas em Suzano para garantir a proteção das mulheres. Ele afirmou que o município se tornou um exemplo a ser seguido em relação às políticas públicas voltadas para o público feminino, destacando os benefícios trazidos pelas ações desenvolvidas pelo CMDM.
O secretário de Governo, Alex Santos, falou sobre o papel da administração municipal no apoio às iniciativas do CMDM. Ele ressaltou que o município trabalha em conjunto com outras instituições e representantes da sociedade civil para identificar as demandas das mulheres e melhorar suas condições de vida. O diálogo constante entre todos foi apontado como essencial para a construção de soluções eficazes.
Por fim, a primeira-dama Déborah Raffoul lembrou que Suzano se tornou uma referência nacional em relação à rede de proteção às mulheres. Ela destacou o grande progresso alcançado ao longo dos 25 anos e garantiu que as conquistas continuarão a ser ampliadas. Déborah também mencionou as estruturas públicas, como a Sala Rosa e o protocolo de monitoramento para mulheres vítimas de violência.
O evento contou com a presença de diversos secretários municipais, vereadores e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A atuação integrada entre as diferentes esferas do poder foi fundamental para garantir a implementação das políticas públicas voltadas para o público feminino. A rede de serviços de apoio tem sido crucial para fornecer alternativas de acolhimento e suporte às mulheres vítimas de violência.
