Crise política na Coreia do Sul: afastamento de Yoon Suk Yeol agrava tensões

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A Coreia do Sul vivencia um momento de intensa instabilidade política após o afastamento do presidente Yoon Suk Yeol. Em 3 de dezembro de 2024, ele decretou lei marcial sob o argumento de proteger o país de ameaças de forças comunistas norte-coreanas. No entanto, a medida, que limitava liberdades políticas e dava amplos poderes aos militares, foi anulada em apenas seis horas devido à forte pressão pública e do Parlamento.

O Parlamento sul-coreano aprovou, em 14 de dezembro, uma moção de impeachment contra Yoon, acusando-o de insurreição e abuso de poder. A decisão final está agora nas mãos do Tribunal Constitucional, que tem até seis meses para deliberar. Durante esse período, o primeiro-ministro Han Duck-soo assume interinamente a presidência do país.

Em 2 de janeiro de 2025, uma tentativa de cumprimento de mandado de prisão contra Yoon foi frustrada. Autoridades enfrentaram resistência da equipe de segurança do ex-presidente e de seus apoiadores, que impediram o acesso à sua residência. O incidente intensificou o clima de divisão política e social na Coreia do Sul.

A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessa crise, temendo repercussões regionais. Manifestantes pró e contra Yoon continuam a tomar as ruas, refletindo o cenário de polarização. O Tribunal Constitucional tem a responsabilidade de decidir o futuro político do país, enquanto as investigações sobre as ações do ex-presidente seguem em curso.

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