Cientista brasileira é eleita para a Academia Mundial de Ciências

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Maria Aparecida Soares Ruas tomou posse como membra efetiva da TWAS em 1⁰ de janeiro de 2025. Foto: SBM/Divulgação

No início do ano, a professora Maria Aparecida Soares Ruas, do ICMC-USP, foi eleita membra titular da Academia Mundial de Ciências (TWAS), um dos maiores reconhecimentos para cientistas de países em desenvolvimento. A nova eleição traz 74 pesquisadores ao seleto grupo, dos quais 10 são brasileiros. Entre as novas integrantes, Cidinha se destaca como uma das 24 mulheres eleitas.

A indicação para a TWAS é um processo rigoroso, realizado por pesquisadores associados à Academia. A escolha reflete as contribuições do cientista para o avanço da ciência, especialmente em países em desenvolvimento, e é uma honra para quem alcança padrões internacionais elevados de pesquisa.

Cidinha, que iniciou sua jornada acadêmica no ICMC-USP em 1971, afirmou estar surpresa com a nomeação. Ela destacou a importância da representatividade feminina e o papel de modelos de sucesso na inspiração de jovens cientistas, especialmente mulheres, a seguir carreiras em Matemática.

A docente publicou mais de 80 artigos em periódicos internacionais e é responsável pela orientação de numerosos alunos em diferentes níveis acadêmicos. Suas pesquisas, especialmente na área de Teoria de Singularidades, têm sido fundamentais para o avanço da Matemática no Brasil e no mundo.

Com a adesão de Cidinha e outros cientistas brasileiros, a TWAS agora conta com 1.444 membros, com 159 representantes do Brasil. A eleição de 2025 promete impulsionar ainda mais a colaboração científica entre países em desenvolvimento.

Ao longo de sua trajetória, Cidinha desempenhou diversos papéis de liderança no ICMC, incluindo a presidência de comissões acadêmicas e a direção do Departamento de Matemática. Seu trabalho também se reflete na formação de uma nova geração de pesquisadores na instituição.

A TWAS, fundada em 1983, busca fortalecer a ciência e a engenharia em países em desenvolvimento. Desde sua criação, ela tem desempenhado um papel crucial em impulsionar o conhecimento científico para enfrentar desafios globais, como doenças e desigualdade social.

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