![Líder da oposição venezuelana María Corina Machado fala com jornalistas, em Caracas (Foto Leonardo Fernandez Viloria-Reuters](https://canalonze.com.br/wp-content/uploads/2025/01/Lider-da-oposicao-venezuelana-Maria-Corina-Machado-fala-com-jornalistas-em-Caracas-Foto-Leonardo-Fernandez-Viloria-Reuters-696x440.webp)
A líder opositora venezuelana María Corina Machado foi retida à força em Caracas nesta quinta-feira (9), durante uma manifestação, em um episódio que gerou protestos e acusações internacionais contra o regime de Nicolás Maduro. Após ser interceptada e derrubada de sua moto, Machado foi forçada a gravar vídeos antes de ser libertada. A detenção levantou alertas sobre o autoritarismo crescente na Venezuela.
Durante o incidente, armas de fogo foram disparadas, e a equipe de Machado relatou que ela foi sequestrada enquanto participava de um ato em Chacao, um reduto da oposição. O regime venezuelano, através de seu ministro do Interior, negou as acusações, chamando-as de uma “mentira” inventada pela direita.
O episódio ocorre em um momento de crescente tensão política, com a oposição contestando os resultados da eleição presidencial de 2024. Durante o protesto, Machado convocou manifestações em apoio ao presidente eleito Edmundo González, reconhecido por vários países, incluindo a Colômbia e o Brasil, que pedem respeito pelos direitos da oposição.
Em resposta à detenção, a Casa Branca condenou o regime venezuelano, cobrando a liberação imediata de Machado e o respeito ao direito à liberdade de expressão. O governo dos Estados Unidos classificou o incidente como uma tentativa de intimidar a oposição democrática.
O presidente da Argentina, Javier Milei, também criticou o regime chavista, exigindo que outros governos da região se posicionem contra o “ataque criminoso” e pelo fim da “ditadura socialista” que, segundo ele, empurrou milhões de venezuelanos à miséria e ao exílio. Ele pediu solidariedade com a luta dos opositores.
A Colômbia se somou ao movimento internacional, expressando preocupação com as violações de direitos humanos e o assédio contínuo aos líderes da oposição. O governo colombiano pediu à Venezuela que respeite os direitos de seus cidadãos e cesse as perseguições políticas contra seus opositores.
Enquanto isso, outros países, como o Panamá e a Espanha, também condenaram as ações do regime de Maduro. O presidente do Panamá pediu proteção à integridade de Machado, e a Espanha manifestou sua condenação, exigindo a proteção dos direitos dos líderes opositores na Venezuela.