Por Catie Edmondson
O Congresso certificou ontem a vitória de Donald Trump como presidente eleito. Com os republicanos no controle da Casa Branca, do Senado e da Câmara, o caminho parece pavimentado para implementar sua agenda. No entanto, o sucesso do governo Trump dependerá da unidade dentro do Congresso republicano, o que promete ser um desafio significativo.
Mike Johnson, presidente da Câmara, enfrentará a menor maioria da história recente: 217 a 215. Isso exigirá apoio quase unânime para aprovar legislações, tarefa árdua considerando as diferenças internas. A famosa turbulência da conferência republicana será colocada à prova a cada projeto de lei.
Uma das maiores questões será o financiamento do governo, que frequentemente divide os republicanos. Enquanto alguns priorizam cortes profundos nos gastos federais, outros, mais centristas, buscam evitar medidas consideradas politicamente prejudiciais. Cada estado tem suas prioridades, como os créditos de biocombustíveis em Iowa e o financiamento da Amtrak em Nova York.
O Congresso enfrentará desafios urgentes já no início do ano. A menos que o limite de endividamento seja elevado em janeiro, o país pode dar calote em suas dívidas. Além disso, em março, outro prazo para o financiamento do governo surgirá, exigindo compromissos que conciliem facções opostas dentro do partido.
No Senado, os republicanos terão menos apetite para cortes drásticos, especialmente figuras como Lisa Murkowski e Susan Collins. Qualquer esforço para atrair democratas pode alienar os ultraconservadores, criando uma encruzilhada para Johnson e os líderes da Câmara.
Outra disputa será sobre a reconciliação, processo que permite aprovar projetos com maioria simples no Senado. Os republicanos planejam usá-lo para estender cortes de impostos, reduzir gastos federais e endurecer políticas de imigração. No entanto, conciliar essas metas em um único projeto pode ser inviável.
Moderados e ultraconservadores divergem sobre cortes em programas como Medicaid e SNAP. Além disso, políticas de imigração continuam a dividir o partido. Com uma margem tão estreita, Johnson enfrentará desafios monumentais para unificar o partido em torno de uma agenda coesa.