Trump propõe que EUA assumam Gaza e realoquem palestinos, gerando condenação global

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Benjamin Netanyahu e Trump - Foto: Tierney L. Cross

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou recentemente uma proposta controversa para a Faixa de Gaza. Ele sugeriu que os EUA assumam o controle da região, realoquem permanentemente os palestinos que lá residem para outros países e transformem Gaza na “Riviera do Oriente Médio”.

Trump afirmou que os EUA seriam responsáveis por desmantelar bombas não detonadas, nivelar o terreno e promover um desenvolvimento econômico que geraria inúmeros empregos e moradias. Ele também mencionou que países como Jordânia e Egito poderiam ceder terras para reassentar os palestinos, embora esses países já tenham rejeitado a ideia.

A proposta foi recebida com ampla condenação internacional. Líderes palestinos e países árabes, incluindo Arábia Saudita, Egito e Jordânia, expressaram forte oposição, argumentando que a realocação forçada dos palestinos é inaceitável e poderia desestabilizar ainda mais a região. A Relatora Especial da ONU para os Territórios Palestinos, Francesca Albanese, criticou duramente o plano, classificando-o como uma “absoluta tolice” e contrário ao direito internacional.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se encontrou recentemente com Trump na Casa Branca, elogiou a iniciativa, afirmando que é “algo que pode mudar a história” do Oriente Médio.

A proposta de Trump representa uma mudança significativa na política dos EUA em relação ao conflito israelo-palestino, afastando-se da tradicional solução de dois Estados que tem sido defendida por décadas. Além disso, Trump assinou uma ordem executiva retirando os EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU e congelando os fundos destinados à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), ações que foram vistas como alinhadas aos interesses israelenses.

A comunidade internacional continua a monitorar de perto os desdobramentos dessa proposta, que tem o potencial de redefinir as dinâmicas políticas e sociais no Oriente Médio.

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