Por German Lopez
O presidente Trump iniciou seu segundo mandato com medidas radicais para reduzir a burocracia federal, argumentando que regras excessivas dificultavam a implementação de sua agenda. Essa ação provocou reações entre democratas, que, apesar de discordarem de seus métodos, reconhecem os desafios do sistema.
Líderes democratas, incluindo Joe Biden e Barack Obama, enfrentaram dificuldades semelhantes ao tentar implementar políticas de infraestrutura e energia limpa. O ritmo lento da burocracia muitas vezes impediu que iniciativas fossem percebidas rapidamente pela população, comprometendo o impacto político dessas medidas.
A obtenção de licenças para novos projetos nos EUA pode levar anos, afetando iniciativas essenciais, como a instalação de estações de recarga para veículos elétricos. Apesar de bilhões aprovados para tais projetos, apenas uma fração foi concretizada devido à complexidade do processo regulatório.
Projetos como o Grain Belt Express, que conectaria energia renovável entre estados, ilustram o impasse burocrático. Quinze anos após sua proposta, a construção ainda não começou devido a disputas regulatórias. Além disso, leis ambientais são usadas tanto para defender quanto para barrar iniciativas sustentáveis.
O desafio para os democratas é equilibrar regulamentações protetoras com a necessidade de eficiência na implementação de políticas públicas. Regras sobre meio ambiente, trabalho e zoneamento são fundamentais, mas também podem criar barreiras para a construção de infraestrutura essencial.
Biden assumiu o cargo prometendo restaurar a confiança na democracia e na eficiência do governo. No entanto, a demora na execução de seus projetos ameaça essa visão, dando margem para que opositores desfaçam suas políticas antes mesmo de saírem do papel.
Diante desse cenário, o futuro da administração pública nos EUA depende de encontrar um meio-termo entre proteção regulatória e agilidade burocrática, garantindo que políticas essenciais sejam implementadas sem décadas de espera.