O Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, divulgado hoje pelo Fórum Econômico Mundial, apresenta um panorama de mudanças significativas no mercado de trabalho global. Com 170 milhões de novas funções previstas até 2030 e 92 milhões deslocadas, haverá um saldo positivo de 78 milhões de empregos. Fatores como avanços tecnológicos, mudanças demográficas e tensões econômicas impulsionam essa transformação.
Segundo o relatório, quase 40% das habilidades exigidas no trabalho sofrerão alterações até 2030. A lacuna de habilidades foi apontada como o maior obstáculo por 63% dos empregadores. Competências tecnológicas, como inteligência artificial (IA) e segurança cibernética, estarão em alta, enquanto habilidades humanas, como resiliência e criatividade, continuarão essenciais.
Setores essenciais, como saúde e educação, deverão liderar o crescimento de empregos, acompanhados por áreas de tecnologia avançada, como energia renovável. Ao mesmo tempo, funções como caixas e designers gráficos tendem a declinar, impactadas pela automação e pela IA generativa, que remodelam rapidamente o mercado de trabalho.
Till Leopold, do Fórum Econômico Mundial, destaca que o momento exige colaboração entre governos e empresas. “É preciso investir em habilidades e criar uma força de trabalho equitativa e resiliente”, afirmou. A prioridade será equilibrar os desafios trazidos pela tecnologia com oportunidades para trabalhadores.
A requalificação será a resposta mais comum para lidar com as mudanças tecnológicas. O relatório aponta que 77% dos empregadores planejam qualificar seus trabalhadores, enquanto 41% devem reduzir equipes devido à automação. A transição de funções será crucial para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades.
Apesar dos avanços tecnológicos, habilidades humanas permanecem indispensáveis. Profissionais com competências analíticas, liderança e colaboração estarão em alta demanda, refletindo a necessidade de combinar habilidades técnicas e interpessoais em um mercado cada vez mais dinâmico.
O relatório reforça a urgência de uma preparação estratégica para o futuro do trabalho. Empresas que investirem em capacitação e inovação terão melhores condições de se adaptar às tendências, criando um ambiente mais equilibrado e sustentável para os trabalhadores em 2030.
