O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso e interrogado nesta quarta-feira (15) em meio a uma investigação de insurreição. A prisão, inédita para um presidente em exercício no país, segue um histórico de processos contra ex-líderes sul-coreanos. Yoon havia sido destituído após declarar lei marcial em dezembro e estava protegido em sua residência oficial até concordar com o interrogatório para evitar confrontos.
Cerca de 3.000 policiais cercaram sua residência antes de sua rendição. Ele declarou que está cooperando, mesmo considerando a investigação ilegal. As autoridades têm 48 horas para decidir se o mantêm detido ou se buscam um mandado para estender sua prisão. Até o momento, Yoon se recusa a falar e rejeita gravações dos interrogatórios.
A defesa de Yoon argumenta que o mandado de prisão é inválido devido a questões de jurisdição e falta de autoridade legal da equipe de investigação. O documento que autorizou a busca em sua residência o descreve como “líder da insurreição”. Yoon foi levado sob escolta para os escritórios do Escritório de Investigação de Corrupção (CIO) e pode ser transferido para o Centro de Detenção de Seul, onde outras figuras de destaque já estiveram.
Este caso reflete as tensões políticas da Coreia do Sul, marcadas por acusações de corrupção e embates entre diferentes forças. A investigação promete ser um divisor de águas na política local e um teste para a resiliência democrática do país.