
O ministro das Cidades, Jader Filho, concedeu entrevista nesta segunda (15) sobre a nova etapa do Minha Casa, Minha Vida.
A principal novidade é a inclusão de uma faixa voltada para a classe média, com renda de até R$ 12 mil mensais.
O objetivo é ampliar o acesso ao financiamento habitacional para mais brasileiros.
Segundo o ministro, serão disponibilizados R$ 30 bilhões em crédito habitacional.
A nova faixa permitirá a compra de imóveis avaliados em até R$ 500 mil.
É uma resposta à demanda de famílias que não se encaixavam nas faixas anteriores do programa.
“A faixa 4 é para quem, mesmo com renda estável, não conseguia condições vantajosas no mercado”, disse Jader.
Com juros mais baixos e subsídios adequados, o governo espera impulsionar o setor da construção civil.
O benefício também deve movimentar a economia e gerar empregos.
O novo modelo será operacionalizado pela Caixa Econômica Federal.
As simulações já estão sendo disponibilizadas nas agências e no aplicativo Habitação Caixa.
Os interessados poderão se inscrever a partir de maio.
As condições de financiamento variam conforme a renda e o valor do imóvel.
O programa prioriza imóveis novos em áreas urbanas, com foco em regiões metropolitanas.
Também haverá limites específicos por estado, considerando a realidade de mercado local.
A medida faz parte da reestruturação do Minha Casa, Minha Vida anunciada em 2023.
Desde então, o governo vem ampliando os critérios de acesso.
A nova faixa amplia ainda mais o alcance do programa, antes voltado majoritariamente à baixa renda.
“Moradia digna deve ser um direito acessível a todas as classes sociais”, afirmou o ministro.
Ele destacou que a inclusão da classe média reduz desigualdades e fortalece a cidadania.
A meta é atender 40 mil famílias nessa nova faixa até o fim de 2025.
A nova modalidade também prevê parcerias com estados e municípios.
Governos locais poderão ofertar terrenos ou subsídios complementares.
Isso deve facilitar a construção de unidades em áreas bem localizadas.
O governo federal estima que a nova faixa injete mais de R$ 100 bilhões na cadeia produtiva da habitação.
Setores como construção, arquitetura, serviços e comércio serão diretamente beneficiados.
O programa já é considerado estratégico para a retomada econômica pós-pandemia.