Inflação de janeiro tem menor taxa desde 1994, com queda na energia e alta no alimento

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Energia elétrica residencial recua 14,21% e exerce o impacto negativo (-0,55 p.p.) mais intenso sobre a inflação de janeiro - Foto: Agência Brasil / Arquivo

O índice de inflação do Brasil, medido pelo IPCA, registrou uma desaceleração significativa em janeiro de 2025, com uma taxa de 0,16%, a menor desde o início do Plano Real, em 1994. Esse resultado foi impactado principalmente pela queda de 14,21% nos preços da energia elétrica residencial, que contribuiu para a redução do índice. O grupo de Habitação teve uma queda geral de 3,08%, ajudando a conter o crescimento da inflação, enquanto outros setores, como Alimentação e Bebidas, tiveram alta de 0,96%, com destaque para aumentos no preço de cenoura, tomate e café.

O INPC, que mede a inflação para famílias com rendimento entre 1 a 5 salários mínimos, também apresentou uma desaceleração no mês, com a taxa de variação de 0,00% de dezembro para janeiro. No acumulado de 12 meses, o índice caiu para 4,17%. Os preços dos alimentos desaceleraram, e os produtos não alimentícios registraram uma queda de -0,33%. Em termos regionais, as maiores variações ocorreram em Aracaju, influenciadas por passagens aéreas, enquanto a menor variação foi em Rio Branco, devido ao recuo significativo da energia elétrica.

O setor de transportes, particularmente as passagens aéreas e ônibus urbanos, apresentou aumentos, com destaque para as passagens aéreas, que subiram 10,42%. Já o preço dos combustíveis, incluindo etanol e gasolina, teve aumento moderado, com o etanol subindo 1,82%. O impacto dos reajustes no transporte público também foi notável, especialmente em cidades como São Paulo, onde houve um aumento de até 13,64% nas tarifas.

Esses dados, divulgados pelo IBGE, refletem um cenário de inflação controlada, mas com desafios, especialmente em relação aos preços de energia elétrica e transporte. A economia continua apresentando sinais de desaceleração nos preços, o que pode ser uma boa notícia para as famílias, especialmente aquelas com menor renda.

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