DeepSeek R1: a revolução da IA chinesa

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Jonah and the Whale (1621) de Pieter Lastman (também uma boa ilustração de DeepSeek comendo Sam Altman)
Por Jasmine Sun

O DeepSeek R1 surpreendeu o mundo ao se igualar ao modelo O1 da OpenAI em testes avançados, mas com um custo de apenas US$ 5,6 milhões. Enquanto a OpenAI investe US$ 500 bilhões em infraestrutura, a empresa chinesa mostrou que é possível alcançar resultados impressionantes com menos recursos. O lançamento fez as ações de tecnologia dos EUA caírem, gerando debates sobre a real eficiência dos investimentos em IA.

Diferente do ChatGPT, o DeepSeek R1 expõe sua linha de raciocínio, tornando seu processo mais transparente. Apesar disso, ele é censurado para temas sensíveis na China, como Taiwan e Xi Jinping. Seu modelo não é multimodal, focando exclusivamente em texto. Além disso, foi disponibilizado com código aberto, permitindo que qualquer um o utilize e ajuste conforme necessário.

A DeepSeek é financiada pelo fundo de hedge High-Flyer Quant, o que lhe permite focar em pesquisa sem pressão comercial imediata. A cultura da empresa incentiva inovação, com engenheiros publicando códigos abertos para demonstrar o avanço da tecnologia chinesa. Diferente de outras indústrias do país, a DeepSeek cresceu sem apoio governamental, mostrando o potencial privado da China na IA.

A ascensão do DeepSeek levanta preocupações sobre segurança e competição global. Alguns temem que modelos abertos facilitem fraudes e ataques cibernéticos, enquanto outros veem o avanço como um alerta para o Vale do Silício. O impacto nas políticas de IA ainda está em discussão, mas a eficiência do R1 pode mudar a forma como a tecnologia é desenvolvida e utilizada no mundo.

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