No recente Globo de Ouro, Nikki Glaser fez uma observação engraçada, mas reveladora: “O objetivo de fazer arte não é ganhar um prêmio, é lançar uma marca de tequila tão popular que você nunca mais precise fazer arte”. Ela não estava apenas brincando com os presentes; ela estava refletindo uma mudança real na indústria do entretenimento. O conceito é real e reflete o pensamento e estudo exposto em artigo publicado por Madison Malone Kircher no The New York Times.
Celebridades como Selena Gomez e Ariana Grande, além de se destacarem nas telas, agora são poderosas empresárias, com suas próprias marcas de cosméticos como Rare Beauty e a de Ariana.
Hoje, a lista A de Hollywood parece estar investindo em todos os setores do mercado de varejo. Enquanto Ryan Reynolds aposta no gin, Brad Pitt tem sua linha de rosé, e grandes nomes como George Clooney e Dwayne Johnson fundaram marcas de tequila. Jessica Alba, com a Honest Company, e Naomi Watts, com Stripes, estão conquistando mercados infantis e de bem-estar.
No entanto, ser apenas uma figura de marketing não é mais suficiente — as celebridades querem ser donas de seus produtos, oferecendo-lhes mais controle e lucros, mas também mais riscos.
O crescente interesse por empreendimentos pessoais nas estrelas de Hollywood também reflete uma resposta ao instável mercado de entretenimento. Com serviços de streaming pagando valores fixos, independentemente da audiência, muitos atores optam por investir em negócios que podem gerar dinheiro mesmo após o fim da carreira de ator.
Selena Gomez, por exemplo, tem se tornado uma verdadeira bilionária com sua linha de beleza, enquanto a história de Blake Lively mostra que nem sempre o caminho empresarial é fácil, com sua marca de cuidados capilares enfrentando dificuldades.
Para ter sucesso, as celebridades precisam estar completamente envolvidas em seus negócios, não basta apenas emprestar o nome. Elas precisam ser autenticamente associadas aos produtos que vendem. A abordagem de Jenner, que promove sua tequila em bares, e de Gomez, que exibe seus produtos em tapetes vermelhos, destaca a importância de ser uma “marca viva”.
No entanto, alguns, como Timothée Chalamet, preferem se manter em papéis tradicionais, atuando como embaixadores para marcas de luxo, como Chanel. Até Bob Dylan entrou no jogo, oferecendo seu próprio uísque.