As empresas familiares continuam a dominar o cenário global, com um impressionante impacto econômico. De acordo com o relatório da EY e da Universidade de St. Gallen, as 500 maiores empresas familiares geram mais de US$ 8,8 trilhões em receitas anuais, refletindo um crescimento superior ao do PIB global. Entre essas, destacam-se algumas das maiores corporações do mundo, com grandes fortunas acumuladas por famílias que lideram esses impérios.
Na América Latina, a JBS, do Brasil, se destaca como a maior empresa familiar da região, com uma receita anual de US$ 73 bilhões. A JBS está à frente de outras grandes empresas familiares, como a América Móvil de Carlos Slim e o Itaú Unibanco, dos Moreira Salles, consolidando-se como uma potência global no setor de alimentos e investimentos financeiros.
O relatório mostra também que o México lidera a presença latino-americana na lista, com 15 empresas familiares entre as 500 maiores do mundo. Isso é seguido pelo Brasil, com 13, e Chile, com 6, refletindo a força econômica da região, embora ainda abaixo do nível de economias mais maduras como a dos Estados Unidos e Europa.
Entre as maiores empresas familiares do mundo, a Walmart, controlada pela família Walton dos EUA, lidera com impressionantes US$ 648 bilhões em receitas. A Volkswagen, controlada pela família Porsche/Piëch da Alemanha, ocupa o segundo lugar, com US$ 356 bilhões, seguida por outras grandes corporações como a Cargill, da família Cargill-MacMillan, dos EUA.
No entanto, a América Latina, apesar de algumas grandes corporações, ainda representa uma parcela pequena em comparação com outras economias globais. A instabilidade política e as estruturas familiares menos institucionalizadas são apontadas como fatores que limitam a presença da região nas grandes ligas do mundo corporativo.
Além da JBS, outras grandes empresas familiares da América Latina incluem a América Móvil, de Carlos Slim, e o Itaú Unibanco, dos Moreira Salles, que ocupam o segundo e terceiro lugares na lista regional. Empresas como o Grupo Bimbo, do México, e o Banco Bradesco, do Brasil, também marcam presença entre as 100 maiores, com receitas significativas.
O setor familiar, quando bem gerido e com uma visão de longo prazo, tem mostrado que é possível competir com gigantes globais. A chave para o sucesso dessas empresas está na profissionalização da gestão, planejamento sucessório e adaptação ao ambiente de negócios em constante mudança, o que lhes permite manter uma posição de liderança global.