Nesta quinta-feira (9), o Governo Federal anunciou a criação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses. A medida visa antecipar as ações contra a doença, reforçando a vigilância epidemiológica, laboratorial e o controle dos vetores, com ênfase na prevenção durante o período sazonal.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que o foco das ações está na prevenção, com medidas simples que cada cidadão pode adotar, como dedicar 10 minutos semanais para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti. “Prevenir é sempre melhor do que remediar”, afirmou a ministra durante a coletiva.
O COE coordena a resposta às emergências de saúde pública, em parceria com estados, municípios, pesquisadores e o Sistema Único de Saúde (SUS). A ideia é garantir uma atuação integrada e eficiente para controlar os surtos de arboviroses nas diversas regiões do país.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explicou que já estão sendo implementadas ações em estados com maior tendência de casos. A mobilização e o alerta antecipado são essenciais para evitar a propagação da doença, que ainda não alcançou uma situação de emergência, mas que exige constante vigilância.
Uma das principais apostas do Ministério da Saúde é o uso de tecnologias avançadas para o controle do mosquito transmissor. O método Wolbachia, que tem mostrado resultados promissores, será expandido para 40 cidades. Esse método utiliza mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia para reduzir a transmissão de doenças como a dengue.
Além do Wolbachia, o governo está implementando a liberação de insetos estéreis em áreas específicas e realizando borrifação residual intradomiciliar, além de instalar estações disseminadoras de larvicidas em regiões de grande circulação. Essas tecnologias visam reduzir a população de mosquitos e prevenir surtos de arboviroses.
O investimento do Governo Federal para o período sazonal 2024/2025 foi de R$ 1,5 bilhão, incluindo a compra de vacinas e o fortalecimento das ações de prevenção e mobilização. Com um aumento de 50% nos recursos, a intenção é reduzir o número de casos e óbitos, através de tecnologias e estratégias eficazes.