Na audiência pública promovida nessa quinta-feira (28) pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, representantes de movimentos sociais protestaram contra as dificuldades enfrentadas por mulheres, negros e pessoas LGBT na política brasileira. A reunião, conduzida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), destacou a discriminação dentro da estrutura partidária e a sub-representação desses grupos em espaços de poder, além do acesso desigual aos recursos do Fundo Eleitoral.

Luana Santos de Oliveira, candidata a vereadora em Balneário Camboriú (SC), apontou que o processo eleitoral é uma “máquina de moer sonhos”, destacando que mulheres negras enfrentam maior assédio do poder econômico e muitas vezes não recebem recursos do partido para suas campanhas. A desigualdade na distribuição dos recursos foi um dos principais temas do debate, com várias participantes cobrando uma revisão nas regras eleitorais.

Juliana Araujo, da organização Vote LGBT, falou sobre o avanço das candidaturas LGBTQIA+, mas ressaltou que muitos candidatos ainda evitam divulgar sua identidade por medo de violência e viabilidade eleitoral. Ela também criticou o subfinanciamento de campanhas, o qual classificou como uma forma de violência política contra minorias.

Pérola Sampaio, do Movimento Pretistas, propôs a adoção do voto em lista partidária com alternância de gênero e raça, além do reforço dos recursos do Fundo Partidário para apoiar candidaturas de mulheres e negros. A ideia foi endossada por Munah Malek, da A Tenda das Candidatas, que também criticou o sistema racista e machista dos partidos, que destinam recursos de forma desigual.

Richelle Costa, do Mulheres Negras Decidem, concluiu ressaltando a falta de condições igualitárias, como segurança e financiamento, para candidatas negras. Apesar do aumento nas candidaturas, ela destacou a desproporção na elegibilidade e a contínua exclusão das mulheres negras do processo político. O debate deixou claro que, apesar de avanços, a luta por inclusão e igualdade nas eleições brasileiras continua.

A Procuradoria Geral do Município (PGM) de São Paulo tem avançado significativamente em suas práticas sustentáveis, alcançando uma redução de 85% no uso de papel ao longo dos últimos 8 anos. A medida está alinhada à digitalização dos processos administrativos, com a implantação de sistemas digitais para emissão, tramitação e assinatura de documentos, além do armazenamento na nuvem. Essa transformação reflete o compromisso da PGM com a eficiência e a preservação ambiental.

Com a implementação das novas tecnologias, a quantidade de papel consumido pela PGM caiu drasticamente. Em 2017, foram impressas mais de 5,6 milhões de folhas, enquanto em 2024 esse número caiu para apenas 738 mil até setembro. Essa redução significativa nas impressões representa um avanço importante na busca pela sustentabilidade e eficiência operacional.

Além da economia de recursos materiais, a digitalização também teve um impacto positivo nas emissões de CO₂. Com a redução do uso de papel, a PGM evitou a emissão de aproximadamente 74 toneladas de CO₂, considerando que a produção de 1.000 folhas de papel gera 8,61kg de CO₂. Esse benefício ambiental contribui para a redução da pegada ecológica da instituição.

A digitalização dos processos não só promove uma gestão mais sustentável, mas também reflete uma adaptação às novas demandas tecnológicas, impulsionadas especialmente pela pandemia de COVID-19. O uso de formatos eletrônicos de documentos tem se consolidado como uma prática cada vez mais comum e necessária no setor público.

A Procuradoria Geral do Município segue com a meta de continuar a reduzir as impressões, priorizando a digitalização e consolidando seu compromisso com a inovação e a preservação ambiental. A continuidade dessa estratégia reflete a evolução em direção a um futuro mais sustentável e eficiente.