A segunda posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos em 2025 trouxe uma agenda distinta e mais ambiciosa em comparação ao seu primeiro mandato. Em um movimento decisivo, Trump assinou dezenas de ordens executivas no primeiro dia, um contraste notável com sua posse de 2017, quando apenas uma ordem foi assinada. Esse contraste demonstra o quanto ele e sua equipe compreendem melhor a vasta burocracia federal e agora estão prontos para enfrentar desafios com uma abordagem mais estratégica.
Em seu discurso de posse, Trump adotou um tom agressivo e focado nas questões mais urgentes, como a economia, imigração e segurança nacional. Com declarações contundentes, ele afirmou que o “declínio da América acabou” e prometeu restaurar a grandeza do país, abordando políticas específicas em vez de apenas discursos elevados, como tradicionalmente acontece em cerimônias de posse. Sua visão para o futuro inclui ações rápidas em diversos setores, destacando a reforma da imigração e medidas para combater “gangues estrangeiras”.
Além disso, Trump fez questão de anunciar ações rápidas em áreas como energia, comércio e ambiente. Um dos primeiros passos foi a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris e a liberação de recursos para o aumento da produção doméstica de petróleo e gás. No campo comercial, ele instruiu as agências a investigar práticas comerciais injustas e revisou acordos com países como China, México e Canadá. Essas ações demonstram uma abordagem mais agressiva nas negociações e um foco no fortalecimento da economia americana.
O novo presidente também gerou polêmica com ações voltadas para as questões sociais. Trump determinou que o governo reconhecesse apenas dois gêneros – masculino e feminino – como uma política oficial. Ele também revisitou questões de grande simbolismo, como a renomeação do Golfo do México para Golfo da América e a restituição do nome “McKinley” à montanha mais alta dos EUA, provocando discussões no cenário político.
Um dos pontos mais controversos da posse foi a decisão de Trump de conceder perdões a quase 1.600 pessoas envolvidas no ataque ao Capitólio em 2021. Isso incluiu figuras-chave como Enrique Tarrio, ex-líder dos Proud Boys, e Stewart Rhodes, fundador dos Oath Keepers. A medida foi recebida com críticas, especialmente por apagar uma investigação histórica e complexa que envolvia altos membros do governo e grupos extremistas.
As primeiras ações de Trump indicam que, após os desafios do primeiro mandato, ele agora se sente mais preparado para implementar suas promessas de campanha. No entanto, muitas dessas medidas provavelmente enfrentarão resistência legal, como já ocorreu em sua administração anterior. Grupos de direitos civis e advogados especializados em imigração já estão se preparando para contestar suas políticas no tribunal.
Para os observadores internacionais, a postura mais firme de Trump em relação à política externa e suas promessas de reconstruir a imagem dos Estados Unidos no cenário mundial marcam uma fase de assertividade renovada. Sua decisão de adiar a proibição do TikTok e seu enfoque na revisão de tarifas comerciais com grandes parceiros internacionais refletem a estratégia de fortalecer a posição dos EUA sem comprometer sua influência global.
