Vinte organizações de 17 países enviaram carta aberta a Mark Zuckerberg, criticando o fim do programa de verificação de fatos da Meta. O documento alerta para riscos de desinformação em regiões vulneráveis.
Zuckerberg justificou a medida dizendo que o programa virou uma “ferramenta de censura” com viés político. A decisão foi classificada como retrocesso pelas entidades internacionais.
A carta reforça que regiões suscetíveis à desinformação correm riscos graves, como instabilidade política. “A verdade alimenta a liberdade de expressão”, enfatizam as organizações.
Criado em 2016, o programa de checagem tinha 80 parceiros certificados. As agências só rotulavam informações falsas, enquanto a Meta decidia a moderação.
A Meta adotará o modelo de Notas da Comunidade, semelhante ao usado no X (antigo Twitter), em que os usuários avaliam a veracidade dos conteúdos.
Entidades destacam que a credibilidade da plataforma é essencial para manter usuários ativos. Dois grupos brasileiros, Lupa e Aos Fatos, também assinaram a carta.
A decisão da Meta de flexibilizar suas regras inclui a liberação de conteúdo político e discursos antes considerados preconceituosos, o que gerou críticas adicionais.